quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Em ameaça de greve, polícias do RJ cantam 'Carnaval parou'

Policiais e bombeiros do Rio se reuniram na Cinelândia para votar indicativo de greve na sexta-feira. Foto: Luiz Gomes/Futura Press Policiais e bombeiros do Rio se reuniram na Cinelândia para votar indicativo de greve na sexta-feira
Foto: Luiz Gomes/Futura Press


Cirilo Junior
Direto do Rio de Janeiro
Cerca de 2 mil pessoas ligadas a sindicatos de bombeiros e policiais civis e militares do Rio de Janeiro participavam, desde as 18h desta quinta-feira, de uma assembleia para votar indicativo de greve para as três classes, com início previsto para esta sexta-feira. A reunião, na Cinelândia, no centro da cidade, era marcada por palavras de ordem contra o governador Sergio Cabral (PMDB), e por atos de apoio ao cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, preso na noite de ontem, acusado de incitar atos violentos na Bahia.
"Soltem o Daciolo, prendam o Cabral" e "o Carnaval parou", eram as frases gritadas em coro. A expectativa dos sindicalistas é que a greve seja inevitável e decretada a partir da 0h de sexta-feira.
No local, era veiculada uma gravação que alertava a população para evitar sair às ruas amanhã. Com o fundo musical alusivo à chamada de plantão de notícias da Rede Globo, a mensagem dizia que a paralisação será iniciada amanhã e acrescentava que as pessoas, por razões de segurança, devem permanecer em suas casas.
A mulher de Daciolo, Cristiane, estava no local. Em conversa com jornalistas, ela classificou como "arbitrária" a prisão do marido. "Ele foi levado para um presídio. É um absurdo, ele é um militar, deve estar num quartel", afirmou Cristiane. Ela afirmou que não conseguiu ter qualquer contato com o marido desde a prisão.
A mulher do bombeiro disse que Daciolo foi à Bahia a pedido de um representante da Associação de Magistrados do Brasil (AMB), para ajudar a negociar uma solução para pôr fim à greve dos policiais baianos. Daciolo é um dos líderes do movimento que reivindica melhorias salariais para os militares do Rio. "Ele foi levado para lá para evitar um derramamento de sangue", ressaltou.
Cristiane observou que, se for preciso, vai processar o Estado pela prisão do marido. Sobre o contato de Daciolo com políticos, ela garantiu que o movimento é apartidário e tem diálogo com representantes de diversos partidos. Ela disse ainda ter passado a noite na rua, na porta do quartel central dos Bombeiros, à espera de notícias do marido.
A prisão foi pedida pelo comandante do Corpo de Bombeiros após divulgação no Jornal Nacional de escutas telefônicas nas quais Daciolo articula negociações sobre uma possível votação da PEC 300, a emenda constitucional que garantiria um piso salarial único para bombeiros e policiais de todo o Brasil.
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                                                       Fonte:Terra

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