sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

MACONHA USO MEDICINAL


 
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Entenda a resolução do CFM que autoriza médicos a prescreverem o canabidiol

Resolução CFM nº 2.113/2014 detalha os critérios para emprego do CBD com fins terapêuticos no Brasil.

Divulgada nesta quinta-feira, a Resolução CFM nº 2.113/2014 que será publicada amanhã no Diário Oficial da União enche de esperança famílias brasileiras que lutam para conseguir o medicamento à base de CBD. No entanto, os adultos ficam de fora e o tetrahidrocanabinol (THC) também. Isso por que a resolução permite o uso do canabidiol somente para crianças e adolescentes até a idade de 18 anos que sofram com crises de epilepsias refratárias e nos casos em que outros medicamentos não fazem efeito.

Por nota enviada ao Saúde Plena, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que “a decisão do CFM não altera os mecanismos criados pela agência para dar acesso ao medicamento, inclusive porque a prescrição é um dos critérios para a importação excepcional do produto. A ação do CFM vem ao encontro e endossa o profissional que assumia a responsabilidade de prescrever a substância (Canadibiol e/ou THC ) sem qualquer respaldo do Conselho”. 

João Gabriel sofre de encefalopatia hipóxica isquêmica grau 3, ou seja, o mais severo. Por causa da doença, falta oxigenação no cérebro dele, o que acarreta as crises convulsivas refratárias (de difícil controle). “Nada controlava, nada cessava”, conta Kerlin. Segundo ela, todos os remédios aprovados pela Anvisa foram tentados e nenhum mudou o quadro de saúde de João. 
Katiele Fischer e sua filha Anny, menina que se tornou símbolo na luta pela liberação do CBD
Por essa razão, ela entrou em contato com Katiele Fischer, mãe de Anny Fischer, 6 anos, que sofre de problema genético raro, e foi a primeira a contrabandear o CBD para o Brasil. A notícia da família de Brasília é referências para todas as outras que desejam tratar seus filhos com a substância derivada da maconha. E foi a experiência de Katiele que ajudou Kerlin a administrar a dosagem do medicamento para o filho. “Usei a tabela da Anny como referência para o João. Ele começou com 2ml. A cada dez dias, aumento a dose que, atualmente é de 10ml”, afirma a mãe do garotinho. Kerlin conta que enquanto tentava conseguir o medicamento pelas vias legais, fez uma 'vaquinha' para conseguir importar as ampolas de CBD. 

A expectativa de Kerlin é que, com o aumento da dose, as crises zerem e João Gabriel, que faz acompanhamento com fisioterapeuta e fonoaudióloga, tenha cada vez mais qualidade de vida. “Antes do CBD, qualquer estímulo que João recebia era uma crise convulsiva. A fisioterapeuta levantava a mão dele, uma crise, mexia na perna, outra crise. Hoje isso não existe mais”, explica. Kerlin recebeu com alegria a decisão do CFM, mas garante que a luta não terminou: “queremos o CDB na lista de remédios da Anvisa”.

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